domingo, 20 de maio de 2012

Meu primeiro troféu literário

O poeta e prosador, jornalista e advogado  Prof. no Curso de Jornalismo da UFJF , José Carlos de Lery Guimarães, tinha um programa, na Rádio Industrial de Juiz de Fora, chamado Contraponto.Dono de poderosa voz, começava às dezoito em ponto, com música soul.Falava de cultura, em especial de Poesia e eu todos os dias, o ouvia .Numa noite, lançou um concurso  de crônicas , com três temas:Operária, Satélite e um outro do qual não me recordo neste momento.
Sempre gostei de fugir ao comum, então, para esse segundo, falei de pessoas que ficam orbitando em torno de outras-ou mais sábias , ou mais poderosas.Para o primeiro, falei da mãe e seu labor, naquela época em que tantas, eram donas de casa.
Mandei e fiquei aguardando.Passei uns dias sem ouvir rádio.Um dia, a vizinha  de frente - uma jovem esposa e mãe com quem eu trocava livros-éramos vorazes leitoras- atravessou a rua chamando-me  :-Clevane,o Zé Carlos está chamando seu nome, você "tirou o primeiro lugar"...
Eu senti o mesmo contentamento que sinto até hoje, quando sou bem classificada.Algo de criança que ganha um belo-ou o primeiro pedaço de um bolo de aniversário- acho que não sou vaidosa, porque era precoce e sempre me elogiavam, desde menina,  o que me deixava mais intimidade que orgulhosa. Minhas redações  ou iam para os cadernos de honra, ou eram colocados nas árvores dos pátios dos colégios.
Contente, mas sem coragem para dar-me a conhecer, eu ia protelando o telefonema para a rádio e ele todos os dias, chamava-me: "Senhor Clevane, estamos esperando que se apresente, para marcarmos a entrega do troféu".Este, tinha o nome de Dormevilly Nóbrega, um grande poeta e memorialista em Juiz de Fora.Lá em cima, apresento-o tal como está , depois de tanto mudar pelos brasis:falta a ala direita, e, no medalhão, ao lado da tocha, falta um pequeno camafeu de prata que, creio, tinha a data.
Minha mãe começou a pressionar-me.Papai achava muito divertido acharem que eu era um "Senhor Clevane", mas acabei indo à Livraria onde aconteceria a entrega, e onde o programa aconteceria através de um telefone.
Quando chamaram meu nome, eu , de sapatos altos, vestido tubinho vermelho de "coco ralado", uma espécie de linhão em moda então, levantei-me e as pernas dobraram, quais as de uma girafinha recém-nata.Mas aprumei-me e ao pegar o microfone, fiz graça:-"Quando me chamaram , quase caí do sapato".A risada geral-comigo e não de mim, tirou-me para sempre qualquer temor de microfones...
Em 2010, fui a Juiz de Fora onde recebi a Medalha Tiradentes da FALASP e lá estava marilda ladeira, escritora que merecera o terceiro lugar.O segundo fora de Cleonice Rainho.Ambos honrosos, pois haviam conorrido, ao que eu soube, trezentos e setenta crônicas.E eu, era uma jovem normalista, ensaiando careira literária.mas iso deu-me forças para procurar os jornais da cidade e começar  a escrever como profissão.Em plenos ambos de Chumbo...

Clevane Pessoa

Escrevendo no Jornal Shamballa





Essa fala de Henfil, publicada no Shamballa, parece-me que tem tudo a ver com o que relato e comennto...



























Um dia fui chamada ao CRP de Bh onde morava, onde devia explicar-me:porque dizia que fazia "Investigação Dinâmica do Inconsciente", em meu anúncio e porque escrevia  sobre tais assuntos no Jornal Shamballa.Uma colega contou-me que também fora chamada porque em seu anúncio constava  assuntos ligados à  Nutrição ligados á psicologia.
Ora, o ser humano é um ser multifacetário.No mínimo, duplo em si mesmo- qual o vê, por exemplo, a Medicina dialógica do Dr Herza, médico suiço .
Eu sabia que o jornal em questão era abominado pela Psicologia tradicional por abraçar práticas orientais , eso e exoterismo...Assuntos que vão desde a mitologia dos povos à espiritualidade filtrada em todas as religiões , fascinam-me.estudo desde pequenina, tenho mais de quatro mil livros, todos lidos, alguns relidos-fora os que não tenho em minha casa.Como negar a importância da cromatoterapia?A mesma Medicina que abominava a acupuntura, através do "Ato Médico", passou a reivindicar a prática para si.Semrpe trabalhei com  médicos, sempre valorizei isso e fui capaz de encaminhar pacientes a um neurologista, um psiquiatra ou quaisquer outras especialidades que pudesse ajudar ao ser em sofrimento ou deficits a suprir sua necessidades e melhorar sua qualidade de vida.Sempre trabalhei a prevenção da saúde  e acredito, quais os africanos que sinônimo de saúde é "bem estar"...
Perguntei às jovens que me inquiriam, se sabiam o que era investigação, dinâmica e inconsciente.Claro.Conheciam Zaldo Rocha, de Recife, que tem uma  ótimo livro sobre terapia com crianças?Sim...Não...haviam lido algo sobre regressões a estados anteriores de vida? Sobre se herdar memória de antepassados?Contei-lhes alguns casos clínicos exitosos e bem claros.E voltei, perplexa, para o consultório, mas continuei a escrever no Shamballa.É esse jornal aí acima.Nele, minha POIESIS entretecia-se à espiritualidade, essa à Psicologia em si, e minha Profissão a tudo que existe nesse Planeta desde seus primórdios depois que o homem, ser pensante, resolveu contribuir com suas experiências, saberes, tentativas de acerto erro, com ou sem a escrita, às vezes por mera tradição oral, para o "Bem estar" das pessoas -infelizmente, a Medicina hoje é fragmentada  (o dermatologista, o angiologista, o otorrinolaringologista, o ortopedista, enfim , casa especialidade deveria sim , existir, mas o médico, saber tudo que pudesse sobre as demais.Há muitos erros de  diagnóstico por causa disso, muita interação medicamentosa indevida, porque cada qual quer saber apenas de sua área.Claro, sabemos das muito especificas, qual a dos oncologistas, geriatras, pediatras, hebiatras,ainda assim...) - exceto no caso da antroposofia de Rudolf  Sterner, que além de notável educador, era esoterista , artista , filósofo impactuante.E que além disso, interessava-se por tudo que estivesse a seu alcance: arte, literatura, ciência, arquitetura, matemática, religião , medicina e mesmo agricultura, como fonte de saúde .
Bem sempre fui livre pensadora, sempre respeitei saberes antigos e novos, gosto mais de somar e multiplicar saberes .Por isso, adorei estar no Shamballa, que deixava para leitura em minha sala de espera, emprestava ou doava a quem queria.


Posse na ALTO-Academia de Letras de Teófilo Otoni-na qual sou acadêmica correspondente










Necessidades urgentes.







Desenhos feitos num átimo, na Gazeta Comercial, em Juiz de Fora, quando eu queria ilustrar algum poeta ou prosa de autor e tinha de levar correndo para a oficina-não, não existia a informática...

Clevane Pessoa 

Revista aBrace Internacional

 Um poema em homenagem ao aniversário do aBrace, que escrevi brincando com palavras e a letra "B", que no nome da entidade, é a única maiúscula.
                                                     Acima, o saudoso Luiz Lyrio
 Acima, a escritora Gacy Simas (Edylsia), casada com o contista e contadoir de histporias , o uruguaio Raul Larosa.uruguaio .Conheci-os em Montevidéu-no ano de 2007-num dos fabulosos encontros do aBrace.


                                              Amo escrever na revista Internacional aBrace!Acima, o número especial dos dez anos de aniverário da entidade-a mesma capa da bela antologia, onde estou.2009

Nesse ano, recebi o Prêmio aBrace- uma bela estatueta do artista uruguaio Daniel Tabaré Gonella -algo que deixou-me muito feliz.

Os diretores do aBrace são-me muito caros, Roberto Bianchi(uruguaio) e Nina Reis(brasileira), que formam um lindo casal...Aprendi a diriar seu trabalho desde que tornei-me sua representante em belo Horioznte-MG-e até um pouco antes...

Acima, escrevi sobre Cecília Meirelles, Patrona de minha cadeira-05- na AFEMIL-Academia Feminina de Letras..

Rememorando...




 Acima, uma das muitas cartas que troquei com Radha Krishna, de quem fazia resenha dos livros -nos Anos 60/70.Ela publicava pela extinta editora Pongetti-e acrescentou versos meus  em seus livros.

 Abaixo, a Magriça do pioneiro site "Notivaga", fala-me de "Antologia dos Poetas Notpivagos", apoiada por Von Breisky, de Poertugal, que a finaciou.
Meu soneto Contato Sacro foi Menção Honrosa...

 Abaixo, na antologia Cidade, organizada por Abilio pPcheco, de Belém-PA, meu poema Carnaval-Laranvac, que também foi publicado na o caderno Literário da Pragmatha(este virtual) e fez parte da exposição de Iara Abreu, sobre carnaval- uma coletiva com poetas e artistas e que aconteceu no SIAPEMG, em Belo Hoiroznte.